Dúvidas Frequentes

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Prospecção de Cursos

SIM, a partir de nov/12 foi lançado o primeiro curso EAD – Boquinhas no Desenvolvimento Infantil. Duração de 3 meses, carga horária de 90 horas. Trabalho totalmente virtual, com Multiplicador Tutor dando assessoria individualizada e sendo assistido pela autora e 24 vídeo-aulas com a autora. Grupos de no máximo 10 alunos por Multiplicador Tutor. Pretende-se lançar em breve cursos EAD de todas as modalidades. 

Profissionais habilitados exclusivamente pela idealizadora do Métododas Boquinhas, Dra. Renata Jardini, por meio de cursos específicos para a metodologia, podendo dentre outras atividades, prospectar e executar cursos  e vender produtos Boquinhas.

Preferimos sempre que o tomador elabore sua minuta e nos mande para aprovação ou alteração, se for necessária.

Aquele com inscrições abertas para todas as pessoas que pertençam ao público alvo do mesmo.

É um curso negociado exclusivamente para profissionais de uma determinada escola, prefeitura, APAE ou clínica.

Ótimo, entre em contato conosco: (14) 3227-5673 ou (14) 8828-2878 ou capacitação@metododasboquinhas.com.br

Ótimo, entre em contato conosco: (14) 3227-5673 ou (14) 8828-2878 ou capacitação@metododasboquinhas.com.br

O ideal é que não ultrapasse 80 participantes, para se priorizar o aprendizado com qualidade.

É trabalhar no sentido de levar uma capacitação para profissionais de sua escola/cidade/região.

·        Alfabetização pelo Método das Boquinhas

·        Método das Boquinhas: alfabetização ereabilitação dos distúrbios da leitura e escrita

·        Boquinhas no desenvolvimento infantil:pré-requisitos para uma alfabetização segura

·        Jogos de Boquinhas

·        Boquinhas no desenvolvimento infantil:pré-requisitos para uma alfabetização segura e Jogos de Boquinhas

·        Nova tecnologia para alfabetizar no EJA:alfabetizando e letrando com Boquinhas

·        Aprofundamento em leitura e escrita peloMétodo das Boquinhas

·        Formação continuada com o Método das Boquinhas

·        Consultoria e assessoria para o Método dasBoquinhas

·        Capacitação plena em Boquinhas com assessoriana implantação do Método. Dificuldades ou distúrbios da leitura e escrita? ométodo das Boquinhas pode ajudar.

·        Dislexia e TDAH: saiba como enfrentar essesdesafios

·        A Atenção como ponto central da aprendizagem

·        Estética facial miofuncional: uso dosexercitadores Profono na motricidade orofacial

Esses temas são abrangidos na forma de palestras (2h), minicursos ou oficinas (4h) e cursos presenciais (duração variada de 8 a 80h).

Boquinhas possui todas as certidões negativas legalmente exigidas, inscrições nos órgãos municipal, estadual e federal, registros de exclusividade, contrato social registrado e outros.

Além do valor das horas trabalhadas no curso, as despesas de transporte, refeição e estadia do ministrante. Também se responsabiliza pela estrutura para desenvolver adequadamente o curso e pelas inscrições das pessoas interessadas.

Sim, Boquinhas é exclusiva e temos toda a documentação exigida pela legislação. (lei 8666/93 e complementares)

Com certeza, possuímos além da idealizadora do Método, mais de meia centena de multiplicadores que se deslocam para o Brasil todo.

As parcerias são bem vindas, com escolas, prefeituras, clínicas, hotéis, restaurantes, empresas de turismo, lanchonetes e outras que favoreçam a informação e conhecimento.

Possuímos bastante material digitado que pode ser enviado para o prospector, ajudando a divulgação.

·        Projetor data-show com micro computador

·        Sistema de som com amplificador para microfone e laptop

·        Livros relativos ao curso (opcionais),

·        Apostila oferecida pela autora

·        Certificado oferecido pela autora

·        Sala com cadeiras.

Boquinhas já possui seus certificados impressos em gráfica, devidamente registrados, que são enviados gratuitamente ao tomador do serviço, mas se a instituição quiser fazer seu próprio certificado, pode-se conversar sobre isso.

Ele recebe apostilas e certificados da empresa Boquinhas.

Como bem aplicar o Método das Boquinhas

Não e sim. Como já explicado anteriormente, para se usar a metodologia, pressupõem-se sim o uso formal do que foi desenvolvido pela autora. Mas para se usar a ferramenta e técnica Boquinhas, basta compreender o processo e saber aplicá-lo, não necessariamente com os materiais autênticos. Mas nesse segundo caso, não se garantem os mesmos resultados defendidos pela autora.

Você pode, e deve desenvolver e aprimorar seus materiais Boquinhas, estimulando, inclusive, seus alunos a criarem os seus exercícios, para treino, estímulo e fixação da aprendizagem que lhe diz respeito. Isso enriquece a aula, dá prazer e movimento à prática pedagógica, sendo fortemente recomendado. Mas é preciso que se ressalte como já descrito anteriormente, que Boquinhas tem registro de Propriedade Intelectual e você não pode comercializar nem registrar o material Boquinhas que escreveu e/ou desenvolveu. Além de correr riscos legais, você desrespeita a autora e pode estar “desvirtuando” os princípios da fundamentação teórica de Boquinhas, provocando equívocos. 

Caso você tenha desenvolvido bons materiais Boquinhas, compartilhe conosco para esse aval, e, quem sabe possamos editar o seu trabalho, conferindo-lhe coautoria, evidentemente. No site criamos uma seção de “Exemplos de Atividades de Boquinhas”, onde inseriremos práticas pedagógicas para que todos compartilhem. Participe e contribua com sua experiência!

Não e sim. Para se articular uma fala que seja bem compreendida, a articulação deve obedecer aos padrões regulares daquele idioma e regionalismo. Assim, se você fala corretamente, sem trocas de fonemas na oralidade, você já faz corretamente todas as Boquinhas. Caso tenha dúvida, procure orientação com um fonoaudiólogo ou alguém de nossa Equipe, para assisti-lo e sentir-se mais seguro quando for trabalhar. 

Muitas vezes ouvimos educadores se queixando de dificuldades ao emitir determinado fonema (como exemplo o P, T, B, D), ou emitindo-os de maneira bastante distorcida. Isso se dá por serem estes fonemas plosivos, ou seja, que bloqueiam a passagem do ar e são pronunciados de maneira explosiva, abrupta, sem que haja prolongamento. Assim, é mais difícil emiti-los sem o apoio de uma vogal, que quando inserida, pode levar às distorções. É evidente que esses “desvios” causam algum tipo de prejuízo na interpretação pelos alunos, dificultando a aprendizagem. 

A dica que damos é: pense numa palavra que tenha esse fonema “mudo”, ou seja, sem o apoio da vogal na sílaba (exemplo: apto, étnico, objetivo, advogado). Pronuncie pausadamente essas palavras, conscientizando-se da articulação dessas letras. Ficou mais fácil?

Se, mesmo assim estiver com dificuldades, então passe logo à etapa da formação da família silábica, unindo essa letra às vogais. Mas não por memorização ou mecanicidade no processo, e sim, pela conscientização da ocorrência de duas letras, dois sons e dois articulemas. 

Caso o seu problema seja com algum tipo de regionalismo, como por exemplo, as diferentes pronúncias da letra R no Brasil, fique tranquilo, pois isso nunca seria impedimento algum para a prática de Boquinhas. Respeite o regionalismo de sua cidade e ensine como falam. Mas um detalhe: trocas e erros de concordâncias e flexões verbais e/ou nominais (/ponhá, /ouvo/, /eles vai/, /as menina/) bem como sintáticas, não são aceitáveis em educadores. Todos devemos aprender e ensinar a Língua Portuguesa, para melhorarmos a qualidade de nossa educação. 

Não. A metodologia Boquinhas possui livros autoexplicativos e de simples compreensão para educadores, profissionais da saúde e também leigos que se interessem pelo assunto. A autora escreve de maneira prática para atingir o leitor e estimulá-lo a usar a metodologia para que alcance resultados desejados. Isso tem sido comprovado com os inúmeros casos descritos que recebemos e ouvimos todos os dias, de profissionais brasileiros, e de outros países inclusive, que leem os livros e obtém sucesso na leitura e escrita de seus alunos, pacientes, parentes e/ou de si mesmos. Também as inúmeras publicações de trabalhos de conclusão e outros, que temos ciência, têm crescido todos os dias, por profissionais que nunca sequer viram a autora. 

É fato que por onde passamos, há alguém que já leu ou ouviu falar das “tais” Boquinhas. E nosso agradecimento maior se dá, por essa proliferação e contaminação de Boquinhas, pelos educadores, que vislumbraram os ganhos que uma sala de aula com alunos comuns, sem alterações, poderia ter no uso da metodologia Boquinhas. A autora, quando desenvolveu Boquinhas, o fez pensando nas crianças com alterações, estimulada inicialmente por seus filhos, e posteriormente, por seus pacientes. Posteriormente, e estimulada pela demanda de educadores, é que passou a ter uma visão da normalidade dentro da proposta Boquinhas. 

Mas é fundamental que se frise: todo novo conhecimento requer estudo, dedicação e treino, para que seja seguro e promova resultados positivos. Ler os livros nem sempre reflete toda a complexidade que a autora vislumbrou e tenta passar. Por isso, ressaltamos que você tente se capacitar, tente levar Boquinhas para seu Município e/ou escola, a fim de que haja mais discussão, troca e aprendizagens autênticas. Por isso dispomos de uma ampla variedade de Multiplicadores, em muitos estados brasileiros. 

Fundamentação Teórica

Com os conhecimentos das neurociências atuais pode-se afirmar que a Metodologia Boquinhas sendo multissensorial e fonovisuoarticulatória, atua no córtex cerebral pré-frontal. Essa constatação baseia-se no fato de que a área de Broca, situada nessa região, responsável pela articulação das letras é fortemente ativada com o trabalho de Boquinhas, favorecendo de maneira rápida, concreta e eficaz a aquisição da leitura e escrita. Segundo as pesquisas, ao aprendermos a ler, e mesmo quando nos tornamos bons leitores, sempre executamos uma articulação dos fonemas, mesmo que de forma não explícita.

Como consequência, podemos afirmar, seguramente, que Boquinhas traz benefícios à memória imediata (loop fonológico) e de longa duração (loop articulatório), à atenção e à cognição de um modo geral, melhorando as capacidades fonológicas dos usuários. Todos esses dados têm sido comprovados, até então, empiricamente, pelos excelentes resultados acadêmicos apresentados pelos indivíduos que se submetem à metodologia.

(Dehaene,2012; Germano 2008; Gindri et al., 2007; Mulas et al, 2006; Pekkola et al.,2006; Badley, 2003)

A Lei de Proteção à Propriedade Intelectual, regida pelo órgão federal INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) é clara em ressaltar que ideias não são protegidas, uma vez que o ser humano é capaz de ter ideias semelhantes (como muito bem descrito por Jung em Inconsciente Coletivo). Assim, usar uma boca para decodificar as palavras não pertence a nenhum autor em particular e já vem sendo praticado há muito tempo, principalmente pelos teóricos no trabalho com deficientes auditivos. Novamente reitero: usar conscientemente uma boca para aprender a ler e escrever é sinal de um bom educador e, os mais experientes já praticam muito antes que nós. E hoje, já há mais literatura brasileira abordando essa mesma pauta, além de nossos livros e materiais. 

Métodos, de um modo geral, também não são protegidos por Lei. 

O que    se configura como propriedade de Boquinhas são os materiais e produtos por nós desenvolvidos (INPI: 901213802), com suas características, fotos, filmes, descrição, etc., e os cursos e serviços (INPI: 901229164), com sua forma, conteúdo, nomenclatura, etc. 

A intensão desses registros é de assegurar a autenticidade da obra desenvolvida por Renata Jardini, para que equívocos sejam evitados, em que os prejuízos recaem nos resultados. Como já ressaltado, perdem-se todos, o autor, os educadores, os alunos, enfim, a educação brasileira. 

Concluindo, somente a autora e seus Multiplicadores certificados são autorizados a dar capacitações de Boquinhas e a desenvolver materiais Boquinhas.

É comum ouvirmos esse questionamento, tanto de fonoaudiólogos apreensivos por um conhecimento que supostamente deveria ser restrito à categoria, mas também por educadores, por temerem ser acusados de exercício ilegal da profissão. Para os dois casos, a nossa resposta é a mesma: faz uso consciente de sua boca, quem tem uma! 

A alfabetização está diretamente ligada a muitas áreas do conhecimento, como pedagogia, psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia, neuropsicologia, etc… Isso por que para se aprender a ler e escrever, o cérebro necessita lidar com muitas aprendizagens, pertinentes a várias áreas do conhecimento. Teoricamente, um educador é o responsável pelo ato de formar os alunos para esse fim, trabalhando de maneira pedagógica. Já os demais citados teriam participação dando suporte aos casos onde dificuldades sejam apontadas e, se requer um conhecimento mais abrangente da questão. 

Ler e escrever são uma forma de comunicação, que passa, necessariamente pela fonologia, uma vez que é preciso decifrar um novo código que represente as palavras. Teoricamente o fonoaudiólogo é o responsável pelos aspectos fonológicos das palavras, desde que se configure uma patologia. No entanto, o saber compartilhado agrega valores e minimiza esforços para a aquisição, tornando a aprendizagem mais eficaz e saudável. Assim, a Fonoaudiologia já possui uma área de especialização, a Fonoaudiologia Escolar, que exatamente compactua planejamento, avaliação, orientação, acompanhamento e supervisão escolar. 

Usar Boquinhas para se ensinar a ler e escrever não transforma educadores em fonoaudiólogos. Se fosse simples assim, isso seria ridículo! O uso de Boquinhas, ao contrário, contribui para a saúde da aprendizagem, pois melhora a dicção, estimula todo o desenvolvimento da fala, previne o desgaste das pregas vocais e, sobretudo, fornece conceitos fundamentais básicos para o ensino da leitura e escrita, que todos que a usam, deveriam saber. 

Finalizando, todo profissional consciente sabe exatamente até onde o seu campo de atuação vai, sem que esteja “invadindo” outras áreas. Assim como um fonoaudiólogo não deve alfabetizar, sozinho, uma criança assintomática em seu consultório, um professor também não deve querer “corrigir”, sozinho, as trocas de fala e/ou leitura/escrita de um aluno que apresente patologia. É no diálogo e na troca, ou seja, na interdisciplinaridade de uma Equipe que se constituem os grandes resultados.

 Exatamente porque é uma metodologia fono-vísuo-articulatória e tenta “fugir” de alguns entraves que a sequência alfabética produz, como confusões de letras surdas/sonoras (b-p), confusões de letras com traçado espacial semelhante (b-d) e confusões provocadas pelo uso do nome da letra no lugar de seu som (c-s, j-g, h). Mas ainda, propõe a sequência Boquinhas respaldada na facilidade de articulação, tempo de aquisição dos fonemas e atendendo à metodologia proposta para favorecer a ontogênese da escrita (passagem da hipótese pré-silábica, para a silábica e para a silábica-alfabética e finalizar na alfabética de escrita). 

É evidente que a sequência alfabética é respeitada e treinada, porém, não exaustivamente, para que se evite a memorização do nome das letras e, principalmente, associados a APENAS algum objeto iniciado por essa letra.  

Para Boquinhas é aconselhável que se ofereça a letra com seu nome, seu som e sua Boca. São essas as três entradas necessárias à aprendizagem. As associações com canções, histórias, animais, figuras, nomes de pessoas, etc…, são APENAS ilustrativas e não devem prevalecer durante o processo de aprendizagem, principalmente, não o sustentando, uma vez que todos são pautados unicamente na memorização. 

Essa sequência atual foi modificada duas vezes desde a criação do Método e tem se mantido desde 2004 a mesma, por atender os resultados almejados.

O Letramento em si define-se como a utilização da leitura e escrita de modo real, na vida, que confira significado ao leitor/escritor, ou seja, aprende-se a ler e escrever dentro de um contexto que traga identidade ao aprendiz. Com isso, acredita-se que as propostas de Letramento reflitam a realidade em que o aluno está inserido, sua identidade social e cultural, e que seja estimulada e aberta a aprendizagens continuadas. 

Considerando o Brasil como um país plural, de características continentais e colonizações diversas, apresente interesses, necessidades e identidades muito diversos para serem contemplados na alfabetização. Acreditamos que essa fase deva se resumir a oferecer subsídios para a construção desse Letramento, que se formará durante toda a vida. E Boquinhas preocupou-se, até então, em deixar os alunos autossuficientes para que busquem seu próprio Letramento, estimulado pelos educadores, durante todo o restante da grade curricular, com temas transversais e materiais adequados a cada turma.

Assim, inserido em cada contexto sociocultural, cada educador vai oferecer aquilo que seus alunos necessitam e querem aprender, mas tendo as Boquinhas como alicerce.
No entanto, ao desenvolvermos a proposta de alfabetização para a EJA (educação de jovens e adultos), essa trajetória precisou ser reanalisada, uma vez que lidamos com alunos que já trazem suas histórias e necessidades reais latentes e, que precisam fazer uso funcional do que aprendem, em menor tempo e com mais eficiência do que as crianças, uma vez que muitos já vêm de fracassos anteriores e têm pouco tempo para se dedicar. Portanto, para essa clientela, não faria sentido apenas ensinar a utilização da ferramenta para se aprender a ler e escrever. Era preciso abrir mais caminhos e estimulá-los a continuar na senda da escolarização.

E qual não tem sido nossa constatação de que o livro EJA: Alfabetizando e Letrando com Boquinhas tem sido amplamente utilizado por educadores não só da EJA, mas também das APAEs e das salas de aceleração e AEE, com alunos a partir de 12 anos de idade, adaptando-se os exercícios com cada necessidade.  

Com isso, plantou-se na mente da autora sementes de qual Letramento seria ideal, mas, sobretudo real para uma criança brasileira comum, de Ensino Fundamental e Educação Infantil. E assim, novas proposições estão sendo produzidas para o público infantil. Aguardem!!

Aqui é preciso que se compreenda que a proposta construtivista de ensino não é uma metodologia em si, mas uma ideologia, uma forma de se ensinar que contempla e respeita o desenvolvimento do aprendiz, enquanto oferece bases de reflexão para que o indivíduo crie suas hipóteses de aprendizado. Com isso, presume-se que os resultados sejam mais prazerosos, significativos e que resultem em aprendizados reais. Uma proposta construtivista nunca é fechada em si, não propõe metodologias, não determina prazos, muito menos almeja resultados comuns, uma vez que cada indivíduo aprende de acordo com seu potencial. 

E oferecer bases, necessariamente significa ensinar, pois já é sabido e confirmado pela ciência que para se aprender a ler e escrever pressupõe-se uma técnica que faça o cérebro compreender a conversão fonema/grafema, ou seja, não é inato ao ser humano esse aprendizado, como o é a fala, tem que ser ensinada. 

Posto isso, sob um olhar menos cuidadoso, poder-se-ia pensar que Boquinhas sendo Método, se opõe à proposta construtivista, mas isso não é verdade. Muito ao contrário. A autora não só define-se como uma pessoa construtivista, como estimula isso em TODOS seus materiais. Porém, Boquinhas direciona a aprendizagem inicial do processo de decodificação/codificação do processo de leitura e escrita, para depois abri-lo totalmente, possibilitando que cada um escreva e leia o que quiser, o quanto quiser e como quiser. 

Mas, ANTES, é preciso aprender a ler e escrever, e isso, Boquinhas ensina e garante resultados. Afinal, de que adianta criar possibilidades sem bases que as sustentam? Aumentam-se os fracassos e pioram-se as autoestimas, quer seja de alunos, educadores e/ou pais e essa história o Brasil já conhece bem…

Assim, defendemos Boquinhas DENTRO de uma proposta construtivista, que respeite seus ideais de educador e de ensino.

Boquinhas é um método de alfabetização multissensorial (que utiliza muitos canais de entrada sensoriais para aprendizagem), sintético (que parte do menor para o maior, no caso, do som das letras, depois sílabas, palavras, frases e textos), fônico (porque ensina o som das letras individualmente – consciência fonológica e a relação entre eles – consciência fonêmica), vísuo (porque trabalha a orientação espacial de cada letra e das letras dentro das palavras) e finalmente, articulatório (porque analisa com detalhes a articulação que a boca faz para pronunciar cada som/letra).

O método fônico puro trabalha minuciosamente os sons das letras, individualmente e dentro das sílabas e palavras, trabalho essencialmente com a consciência fonológica. No entanto, acreditamos que esse processo feito de maneira pura é muito abstrato e de difícil compreensão e aplicação para os alunos e docentes das salas de aula comuns, que são ruidosas, numerosas e possuem muitas crianças com dificuldades. 

O Boquinhas facilita a aprendizagem enquanto “traduz” o som que cada letra faz, ao ser conscientizado pela boca que o produz. Esse mecanismo fonológico, de abstrato passa a ser concreto, uma vez que pode ser visto por um espelho, tocado por uma mão, representado por uma foto ou filme. Com isso, TODO tipo de aluno consegue aprender e torna-se um coautor de seus resultados, melhorando a autoestima. 

É por isso que ressaltamos que Boquinhas é sinestésico (com s), que se reporta aos órgãos do sentido e não cinestésico (com c), que se reporta apenas ao movimento dos músculos da boca, como a leitura orofacial, utilizada pelos surdos.

Entende-se por método toda proposição com parâmetros delimitados, quer seja na aplicação, no tempo, na forma e nos resultados obtidos. Isso significa que qualquer um que aplique o que está sendo proposto, da mesma maneira, vai obter os mesmos resultados. Note que grifamos “da mesma maneira” para salientar que posto isso, presume-se que os usuários sejam fiéis ao que foi escrito e determinado pelo autor, incluindo o uso de materiais autênticos para os fins a que se propõem. E Boquinhas oferece tudo isso, portanto, enquadra-se em um Método de alfabetização, designado Tecnologia Educacional (MEC, 2009, 2010 e 2011). 

Com isso, salientamos a importância do educador interessado ler tudo o que puder sobre o assunto, discutir, capacitar-se em cursos com a Equipe Boquinhas, e, principalmente, treinar bastante, ANTES de colocar em prática a metodologia. Não se contente em fazer “uma miscelânea de métodos”, juntando um pouco de cada coisa, pois no final, não poderá tabular os resultados, sejam positivos ou negativos. Além do quê, desrespeitam-se os autores. 

No entanto, dependendo de cada caso, Boquinhas pode SIM ser utilizada apenas como uma técnica, ou seja, um recorte de atividades escolhidas para ser utilizado DENTRO de sua rotina e materiais habituais. Nesse caso, a maioria dos educadores usa apenas as bases fono-visuo-articulatórias da metodologia, ou seja, as Boquinhas, como facilitadora da conversão fonema/grafema e, geralmente, com algumas crianças que apresentam maior dificuldade no processo de alfabetização. Evidentemente colhem bons frutos, porém, não se pode dizer que “foi adotada a metodologia Boquinhas”. 

Todos nós somos estimulados por resultados, mas esses somente têm consistência e durabilidade quando assegurados em bases teóricas que os respaldam. Estamos sempre abertos para trocar informações e não hesite em nos contatar para solucionar suas dúvidas.